Prêmios de amigos

sexta-feira, outubro 26, 2012

Reflexão de atitudes através das fábulas do Lobato




A profª claudiane, com o objetivo de favorecer aos alunos da Escola Municipal Margarida Rosa de Amorim a reflexão de valores, sorteou algumas fábulas do livro de Monteiro Lobato para a turma 500 dividindo-a em grupos.  
Cada grupo ficou responsável de apresentar a fábula para uma turma da escola, o que favoreceu  o desenvolvimento criativo dos grupos.




O RATO DA CIDADE E O RATO DO CAMPO
Alunos (Lorrany, Arleane, Samira e  Jonathan   )

 Certo ratinho da cidade resolveu banquetear um compadre que morava no mato. E convidou-o para o festim, marcando lugar e hora.
      Veio o rato da roça, e logo de entrada muito se admirou do luxo de seu amigo. A mesa era um tapete oriental, e os manjares eram coisa papa-fina: queijo-do-reino, presunto, pão-de-ló, mãe-benta. Tudo isso dentro de um salão cheio de quadros, estatuetas e grandes espelhos de moldura dourada.
      Puseram-se a comer.
      No melhor da festa, porém, ouviu-se um rumos na porta. Incontinenti o rato da cidade fugiu para o seu buraco, deixando o convidado de boca aberta.
      Não era nada, e o rato fujão logo voltou e prosseguiu no jantar. Mas ressabiado, de orelha em pé, atento aos mínimos rumores da casa.
      Daí a pouco, novo barulhinho na porta e nova fugida do ratinho.
      - Sabe do que mais? Vou-me embora. Isto por aqui é muito bom e bonito mas não me serve. Muito melhor roer o meu grão de milho no sossego da minha toca do que me fartar de gulodices caras com o coração aos pinotes. Até logo.
      E foi-se.

Obs: O grupo apresentou  a fábula para a turma 200 - Profª Edivanda





AS DUAS CACHORRAS
Alunos ( Raphael, Nayuri , Larissa)


Moravam no mesmo bairro. Uma era boa e caridosa; outra, má e ingrata.
A boa, como fosse diligente, tinha a casa bem arranjadinha; a má, como fosse vagabunda, vivia ao léu, sem eira nem beira.
Certa vez... a má, em véspera de dar cria, foi pedir agasalho à boa:
- Fico aqui num cantinho até que meus filhotes possam sair comigo. É por eles que peço...
A boa cedeu-lhe a casa inteira, generosamente.
Nasceu a ninhada, e os cachorrinhos já estavam de olhos abertos quando a dona da casa voltou.
- Podes entregar-me a casa agora?
A má pôs-se a choramingar.
- Ainda não, generosa amiga. Como posso viver na rua com filhinhos tão novos? Conceda-me um novo prazo.
A boa concedeu mais quinze dias, ao termo dos quais voltou.
- Vai sair agora?
- Paciência, minha velha, preciso de mais um mês.
A boa concedeu mais quinze dias; e ao terminar o último prazo voltou.
Mas desta vez a intrusa, rodeada dos filhos já crescidos, robustos e de dentes arreganhados, recebeu-a com insolência:
- Quer a casa? Pois venha tomá-la, se é capaz...
Moral da Estória:
Para os maus, pau!

Obs: O grupo apresentou  a fábula para a turma 201 - Profª Márcia



Os  DOIS LADRÕES
Alunos ( Vitória, Rosiane, Lucas )



Dois ladrões de animais furtaram certa vez um burro, e como não pudessem reparti-lo em dois pedaços surgiu a briga.
- O burro é meu! - alegava um - o burro é meu porque eu o vi primeiro...
- Sim - argumentava o outro - você o viu primeiro; mas quem primeiro o segurou fui eu. Logo, é meu...
Não havendo acordo possível, engalfinharam-se, rolaram na poeira aos socos e dentadas.
Enquanto isso um terceiro ladrão surge, monta no burro e foge a galope.
Finda a luta, quando os ladrões se ergueram, moídos da sova, rasgados, esfolados...
- Que é do burro? Nem sombra! Riam-se - risadinha amarela - e um deles, que sabia latim, disse:
- Inter duos litigantes tertius gaudet, que quer dizer: quando dois brigam, lucra um terceiro mais esperto.


Obs : O grupo apresentou  a fábula para a turma 400 - Profª Carla



ONÇA DOENTE
( Gabriel , Orlan e Cristiano)


Certa vez a onça caiu de uma  árvore e ficou muitos dias de cama.Como estava passando fome ele chamou a irara e pediu que avisasse a bicharada que estava morrendo e que fossem visitá-la.O veado, a capivara, a cutia e o jabuti foram visitá-la.Quando o jabuti chegou, antes de entrar na toca olhou para o chão e viu que só tinha pegadas que entravam, então pensou:- É melhor eu ir embora e rezar pela melhora da onça, pois aqui quem entrou não saiu.E ele foi o único que se salvou.
Moral da história: Para esperteza, esperteza e meia.



Obs: O grupo apresentou  a fábula para a turma 401 - Profª Laudiceia



 Cochilava o leão à porta de

 A MUTUCA E O LEÃO

(Nicolly e Jermerson)



Cochilava o leão à porta de sua caverna no momento em que a mutuca chegou.
- Que vens fazer aqui, miserável bichinho? Some-te, retira-te da presença do rei dos animais!
A mutuca riu-se.
- Rei? Não és rei para mim. Não conheço tua força, nem tenho medo de ti.
- Vai-te, excremento da terra!
- Vou, mas é tirar-te a prosa – disse a mutuca.
E atacou-o a ferroadas com tamanha insistência que o leão desesperou. Inutilmente espojava-se e sovava-se a si próprio com a cauda ou tabefes das patas possantes. A mutuca fugia sempre e, ora no focinho,ora na orelha, ora no lombo, fincava-lhe sem dó o adunco ferrão.
Farta, por fim, de torturar o orgulhoso rei, a mutuca basofiou:
- Conheceste a minha força? Viste como de nada vale para mim o teu prestígio de rei? Adeus. Fica-te aí a arder que eu vou contar a toda a bicharada a história do leão sovado pela mutuca.
E foi-se.
Logo adiante, porém, esbarrou numa teia, enredou-se e morreu no ferrão da aranha.
Moral da história: São mais de temer os pequenos inimigo do que os grandes.





Obs: O grupo apresentou  a fábula para a turma 400 - Profª Rocksane

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O homem e a cobra




Certo homem de bom coração encontrou na estrada uma cobra entanguida de frio.
— Coitadinha! Se fica por aqui ao relento, morre gelada.
Tomou-a nas mãos, conchegou-a ao peito e trouxe-a para casa. Lá a pôs perto do fogão.
— Fica-te por aqui em paz até que eu volte do serviço à noite. Dar-te-ei então um ratinho para a ceia. E saiu.
De noite, ao regressar, veio pelo caminho imaginando as festas que lhe faria a cobra.
— Coitadinha! Vai agradecer-me tanto… recebeu-o de linguinha de fora e bote armado, em atitude tão ameaçadora que o homem enfurecido exclamou:
— Ah, é assim? É assim que pagas o benefício que te fiz? Pois espera, minha ingrata, que já te curo…
E deu cabo dela com uma paulada.
Fazei o bem, mas olhai a quem.


Obs: O grupo apresentou  a fábula para  todas as turmas do turno da manhã.
(Monteiro Lobato. Fábulas. Brasiliense, São Paulo)

O leão e a mutuca visitando o turno da tarde


A fábula é uma narrativa curta em prosa ou verso, que apresenta, via de regra, uma moralidade ao final. De modo geral ou quase sempre, os personagens são animais que pensam, sentem, agem e falam como se fossem pessoas, assumem comportamento humano, revelando questões relacionadas às relações éticas, políticas ou questões de comportamento.

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